O GRITO
Um brinde a memória escassa
Ao colapso do verbo
Ao gelo puro no copo largo
E ao script do meu cérebro
Ouvem-se gritos
Na janela restrita
Quem é que cala
O medo que age
E paralisa os aflitos
Ai meu Deus!
Ái meu jogo!
Minha conversa fiada
Oh mágoa que vinha
Não vem mais
Oh vento da tarde.
Não tem vez
Nem vez nem superfície
E o que pesa é o dia em si
É a praia pela manhã
É o tom da nota errada
O passo em falso
O alarde
A conjuntura
O regresso inconfundível
do cantor romântico
Cante a mulher justa
A mais simples se puder
Cuidado, porem, com ela
Mas cante mesmo assim
Ái dos olhos que orbitam
a regra sensacional