5 de jul. de 2009

O GRITO

Um brinde a memória escassa
Ao colapso do verbo
Ao gelo puro
Ao copo largo, porque não?
E ao script do meu cérebro

Ouvem-se gritos
Na janela ela atira
De repente se cala
É o medo que age
E acaba com a gente

O ar se gela
Ofusca-se a visão
Agrupam-se
Ajustam-se.
Enquadram-se
De pé no erro

Ai meu Deus!
Ái meu jogo!
Minha conversa fiada
Oh mágoa que vinha
Não vem mais
Oh vento da tarde.
Não tem vez
Nem vez nem superfície

E o que pesa é o dia em si
É a praia pela manhã
É o tom da nota errada
O passo em falso
O alarde, sim
A conjuntura
O regresso inconfundível
do cantor romântico

Cante a mulher justa
A mais simples se puder
Cuidado, porem, com ela
Mas cante mesmo assim

Essa cogitação externa
Deve está me odiando
Ái dos olhos que orbitam
a regra sensacional