10 de nov. de 2009

ALTOS CONTARTEMPOS


A lei da pronúncia sobre a palavra.
De uma pancada com um absurdo.
Há um político com um propósito
Um perigo paroxítono.
Paroxítono terminado em ditongo
Ditongo aflito e egoísta.
E mudo também...

Há também uma sombra no tempo
Um velho vai-e-vem.
Pó no ar puro
Pão, cachaça e mel
Sopa de ganso pra filho de pato,
Ha um saco cheio

A lei da província sob a falência
De um ato continuo e obsceno
Obsceno e afogado
Afogado em miúdos
Em fortunas modestas
De um instinto petulante
dos filhos desse solo
num futuro moderno.
Filhos estes que não sedem mais
Perante os votos abstratos
Do fim do partido público no veto.

E por a qui, por enquanto,
nao se fala em tom paterno
Não, nao.
O cambio oscila; puro acaso.
O troco em moeda é partido ao meio
e o acaso,entao, vacila feio.
Tudo isso por aqui.
Sempre por aqui...


Seremos maiores que a própria esfera?
E com a natureza intacta?

A coisa

Perdeu a graça. É mentira. Os olhos abertos enfrentaram o pavor provocando, assim, eu acho, uma crença desordenada e furiosa num instante perdido após cada encontro desconcertante, incerto e tardio, entregue ao vulto relutante que compra briga, que se acostuma e que de agora em diante adora cada estante perdido, mesmo que nunca sossegue de fato, nem se olhe, nem se cheire, ou mesmo se vicie. Não. Não acredite em nomes. É preciso crer apenas na ocasião dada. É preciso soletrar amor. E ame do fundo do coração. Ame a natureza; os rios, o mato. Não há futuro. Somente o agora. O infinito deve, necessariamente, ser formado por coisas pequeninas. E a luz tem razoes acolhedoras que julgam a alegria, o sol e o ninho. E julgam também a própria vida. É preciso sorrir; cantar...