10 de nov. de 2009

A coisa

Perdeu a graça. É mentira. Os olhos abertos enfrentaram o pavor provocando, assim, eu acho, uma crença desordenada e furiosa num instante perdido após cada encontro desconcertante, incerto e tardio, entregue ao vulto relutante que compra briga, que se acostuma e que de agora em diante adora cada estante perdido, mesmo que nunca sossegue de fato, nem se olhe, nem se cheire, ou mesmo se vicie. Não. Não acredite em nomes. É preciso crer apenas na ocasião dada. É preciso soletrar amor. E ame do fundo do coração. Ame a natureza; os rios, o mato. Não há futuro. Somente o agora. O infinito deve, necessariamente, ser formado por coisas pequeninas. E a luz tem razoes acolhedoras que julgam a alegria, o sol e o ninho. E julgam também a própria vida. É preciso sorrir; cantar...

Um comentário:

  1. "O infinito deve, necessariamente, ser formado por coisas pequeninas. E a luz tem razoes acolhedoras que julgam a alegria..."...
    Muito bom isso!

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