Tenho solução
Falta problema
Tenho o numero
Falta o tema
Temo o poste
Falta vela
Sou paralelepípedo
Paralelepípedo de vidro
De vidro opaco
Rio à tarde
Tomo orgulho
Temo atento
Risco o frasco
Pontilhando
Meu triangulo
em linha reta
parto o céu
e tombo o mar.
Lago é véu e logo vejo
Rio é tábua em pé na lua.
Ou é um Itapemirim
de cabeçeira nua e crua.
Muito é tarde
Dia é água
O mato é meu
meu com sol
com o tempo ao todo.
Combate e pão
são meus também
na arte implícita
do sonho seco
de algum boçal
da praia azeda
firme e grata
ausente e pura.
Sombra é cor
Lado é tinta
Pinta abraço
Chora samba
Fura a merda
com toda sorte
do vasto medo
do sal da corte
do não noturno
por toda parte...
Nada. Nada. É tudo invençao. Tudo mentira. Espero apenas me livrar dessas coisas. Coisas que escrevo porque estou sóbrio, porque ninguem veio, porque estou sem cordoamento, porque choveu e nao fui à praia...
21 de abr. de 2009
13 de abr. de 2009
numa paz preguiçosa
Eu dobrei o risco sob a fina camada de ar puro
Eu juntei raízes de pó de carinhos profundos
Eu mudei a noite e tremi em mundos diversos
Com a mesma culpa
Com a mesma reza
Eu brinquei calado em fúrias indignas e abertas
Eu troquei o mau por puro ócio num céu cálido
Eu comprei matizes, milhares de colibris e gestos.
Vendi para o resto o lucro sólido
Cortado em postas.
E jurei ao vento todo pé junto
encoberto por respostas
Perguntei se era tarde
Se era sorte
Se era realmente o que combinei, com pressa, com sal...
Eu traguei um sonho lindo e pardo feito em dias mortos
Eu tranquei a chave e fui buscar calor e corte como louco
Em casas e em espécimes expressivas econômicas e tardias
Eu lhes dei a chave do calor em alto mar
Errei como muitos
Chorei caldo e lã
Lutei em marte
Amei demais
Eu assumi, sozinho, tanto o custo quanto o carinho.
Eu combati a gloria das masmorras deletadas
Eu liguei o sul com a morte submersa
E o nordeste mandou vozes ubíquas
Já no oeste, sobre o sol, eu vislumbrei o pecado.
Procurei pedir perdão
Consegui sacia-lo
Eu disse que a sombra da alegria é mera coincidência
Eu trouxe a certeza e o mel do tempo e, sendo assim, plantei como aço.
Eu surgi a tempo pra colher das portas seus mistérios
Tratei da vida com desprezo findo e apropriado
Eu saí nas ruas bêbadas pra correr em linhas ricas
Arriscando, assim, mulheres e tímpanos.
Não deixarei que o mundo me acompanhe
Nem que seus ossos iluminem meus rios
Eu catei temas soltos em lugares abstratos
Eu curti a água bruta em bacias de diamantes
Eu beijei a taça muda com meu sangue tatuado
Eu senti na pele todos os pêlos do sol poente
Eu provoquei a paz
Eu estudei o cansaço
Eu agradei o som
Eu musiquei a paixão de olhos fechados e punho macio
Na cama, na mente.
Nas grades de cada momento tardio.
Eu juntei raízes de pó de carinhos profundos
Eu mudei a noite e tremi em mundos diversos
Com a mesma culpa
Com a mesma reza
Eu brinquei calado em fúrias indignas e abertas
Eu troquei o mau por puro ócio num céu cálido
Eu comprei matizes, milhares de colibris e gestos.
Vendi para o resto o lucro sólido
Cortado em postas.
E jurei ao vento todo pé junto
encoberto por respostas
Perguntei se era tarde
Se era sorte
Se era realmente o que combinei, com pressa, com sal...
Eu traguei um sonho lindo e pardo feito em dias mortos
Eu tranquei a chave e fui buscar calor e corte como louco
Em casas e em espécimes expressivas econômicas e tardias
Eu lhes dei a chave do calor em alto mar
Errei como muitos
Chorei caldo e lã
Lutei em marte
Amei demais
Eu assumi, sozinho, tanto o custo quanto o carinho.
Eu combati a gloria das masmorras deletadas
Eu liguei o sul com a morte submersa
E o nordeste mandou vozes ubíquas
Já no oeste, sobre o sol, eu vislumbrei o pecado.
Procurei pedir perdão
Consegui sacia-lo
Eu disse que a sombra da alegria é mera coincidência
Eu trouxe a certeza e o mel do tempo e, sendo assim, plantei como aço.
Eu surgi a tempo pra colher das portas seus mistérios
Tratei da vida com desprezo findo e apropriado
Eu saí nas ruas bêbadas pra correr em linhas ricas
Arriscando, assim, mulheres e tímpanos.
Não deixarei que o mundo me acompanhe
Nem que seus ossos iluminem meus rios
Eu catei temas soltos em lugares abstratos
Eu curti a água bruta em bacias de diamantes
Eu beijei a taça muda com meu sangue tatuado
Eu senti na pele todos os pêlos do sol poente
Eu provoquei a paz
Eu estudei o cansaço
Eu agradei o som
Eu musiquei a paixão de olhos fechados e punho macio
Na cama, na mente.
Nas grades de cada momento tardio.
o resto e o sol
Onde esta a fonte? A fonte submersa da verdade da vida e de toda tempestade dona do dia em si, proprietária da umidade arisca do amor. O tempo não se pergunta. Em qualquer tarde não se enlouquece. Cada mártir existente no calor em fuga, cada samba, na rua tende a ser somente um grão, um ralo, um bosque sob o infinito. A sorte se estende. E a pergunta permanece. Cheia de surpresas. Cheia de suprimentos e sem a menor noção do tempo, do rumo habitual. Com o mar ao lado, num caldo humilde, numa lupa côncava: não há quem diga amem nem pra norte nem pra sul.
Quero toda e qualquer forma de unidade, pressão, rascunhos, sedas, mortes e ventos pra tentar buscar vestígios de atmosferas amaldiçoadas por alguém pressuposto, ou por algo sem o mínimo de intuição. Quase sem som: um adeus. O envelope do planeta. Uma conversa divina devidamente registrada por claustrofóbicos habitantes do futuro iminentemente mudo ante a hóstia do medo do fogo do fim do mundo. Uma falha obsoleta e corcunda. Enfim, desde que acuse a eternidade e não a mim, todos terão valor. Pois o amor impera se se aprende a pagar.
Eu quero. Por favor. Por favor, mais luz no palco. Iluminando rastros, pistas de um clarão eterno que, inclusive, já se passa. Por favor...!
Encontrando tais vestígios, amargurado como as normas da luz ou formas da paz, ambas obesas, eu trairei minha arte e viverei minha morte, cada vez mais desnutrida e inusitada. E com a boa nova me sentirei em casa.
Cada segundo mantêm a sombra aquecida rumo à lógica que atravessará o buraco negro transmitindo alegria ao culpado disso tudo: o filho plausível da viajem oposta. E a junção do diâmetro da roda da vida, com o tic-tac do fim, se faz de boba em horas que se aglomeram de dor devido ao brilho do sol de ontem, tornando-se “hora e meia” ou até o próprio sempre. Repleta de harmonia. Plantando beijos. Colhendo a relatividade do tempo. Comendo. Comendo. Comendo pela pele. Fazendo contato. Hei de agarrar-me no cabelo do espaço.
Esse contato e feito, supostamente, cinco dias após a busca. Ouvem-se gritos. Sim! Sim frenético e óbvio como o passado. Então esclarecerei toda a curva da matéria esquecida em algum lugar completo por natureza. Vou também distribuir dimensões. Talvez três. Não vejo problema. No sexto dia porem, antes que me esqueçam e me suguem de volta ao circulo por inúmeras vezes, quero descansar. Eu disse no sexto, não no segundo. E quero porque quero! A maioria que observe o eclipse. Eu vou fumar as arvores. Vou respirar o vácuo. Amar o amor. Nada mais. Nada menos. Vou partir pra próxima. Pra puta que pariu.
Quero toda e qualquer forma de unidade, pressão, rascunhos, sedas, mortes e ventos pra tentar buscar vestígios de atmosferas amaldiçoadas por alguém pressuposto, ou por algo sem o mínimo de intuição. Quase sem som: um adeus. O envelope do planeta. Uma conversa divina devidamente registrada por claustrofóbicos habitantes do futuro iminentemente mudo ante a hóstia do medo do fogo do fim do mundo. Uma falha obsoleta e corcunda. Enfim, desde que acuse a eternidade e não a mim, todos terão valor. Pois o amor impera se se aprende a pagar.
Eu quero. Por favor. Por favor, mais luz no palco. Iluminando rastros, pistas de um clarão eterno que, inclusive, já se passa. Por favor...!
Encontrando tais vestígios, amargurado como as normas da luz ou formas da paz, ambas obesas, eu trairei minha arte e viverei minha morte, cada vez mais desnutrida e inusitada. E com a boa nova me sentirei em casa.
Cada segundo mantêm a sombra aquecida rumo à lógica que atravessará o buraco negro transmitindo alegria ao culpado disso tudo: o filho plausível da viajem oposta. E a junção do diâmetro da roda da vida, com o tic-tac do fim, se faz de boba em horas que se aglomeram de dor devido ao brilho do sol de ontem, tornando-se “hora e meia” ou até o próprio sempre. Repleta de harmonia. Plantando beijos. Colhendo a relatividade do tempo. Comendo. Comendo. Comendo pela pele. Fazendo contato. Hei de agarrar-me no cabelo do espaço.
Esse contato e feito, supostamente, cinco dias após a busca. Ouvem-se gritos. Sim! Sim frenético e óbvio como o passado. Então esclarecerei toda a curva da matéria esquecida em algum lugar completo por natureza. Vou também distribuir dimensões. Talvez três. Não vejo problema. No sexto dia porem, antes que me esqueçam e me suguem de volta ao circulo por inúmeras vezes, quero descansar. Eu disse no sexto, não no segundo. E quero porque quero! A maioria que observe o eclipse. Eu vou fumar as arvores. Vou respirar o vácuo. Amar o amor. Nada mais. Nada menos. Vou partir pra próxima. Pra puta que pariu.
dia das noites
O dia chegou, bem na hora! A lua ta na reta. Proteja sua cabeça
Não esqueça a bendita nua-e-crua nem a verdade que obedeça ate as últimas conseqüências da infância da memória da mulher em que namora a vontade de ser sempre feliz, discutindo com a ilusão sobre como tudo começou a começar do começo da hora de ir embora.
E não tem jeito nem textura, nem fadiga que acomode algum respeito desse dia que passou a notar com outros gestos, a cantar com outros beijos, e amar com outros olhos vermelhos noturnos ligados à clara e doce pele morena de incertezas e linda de prazer ao notar e cravar na dor de sorrir em comum pavor como um acordo que prova pro mundo teleguiado até acordar de madrugada e prosseguir com um novo pranto pronto pra me dar um novo dia como foi dito no velho plano traçado pela alegria de viver sabendo que é triste amar pra valer bebendo o que é lógico e pagando pra querer crer, que tudo vem ser amor, que vale à pena vencer para os outros e nos altos, que é pro bem dela que chorei vagamente, apaixonado por um dia de repente, que passou pontualmente, pondo em pauta minha rápida e justa mentira, minha dúvida e o pressentimento.
Não esqueça a bendita nua-e-crua nem a verdade que obedeça ate as últimas conseqüências da infância da memória da mulher em que namora a vontade de ser sempre feliz, discutindo com a ilusão sobre como tudo começou a começar do começo da hora de ir embora.
E não tem jeito nem textura, nem fadiga que acomode algum respeito desse dia que passou a notar com outros gestos, a cantar com outros beijos, e amar com outros olhos vermelhos noturnos ligados à clara e doce pele morena de incertezas e linda de prazer ao notar e cravar na dor de sorrir em comum pavor como um acordo que prova pro mundo teleguiado até acordar de madrugada e prosseguir com um novo pranto pronto pra me dar um novo dia como foi dito no velho plano traçado pela alegria de viver sabendo que é triste amar pra valer bebendo o que é lógico e pagando pra querer crer, que tudo vem ser amor, que vale à pena vencer para os outros e nos altos, que é pro bem dela que chorei vagamente, apaixonado por um dia de repente, que passou pontualmente, pondo em pauta minha rápida e justa mentira, minha dúvida e o pressentimento.
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