21 de abr. de 2009

Ao meu não

Tenho solução
Falta problema
Tenho o numero
Falta o tema
Temo o poste
Falta vela
Sou paralelepípedo
Paralelepípedo de vidro
De vidro opaco

Rio à tarde
Tomo orgulho
Temo atento
Risco o frasco
Pontilhando
Meu triangulo
em linha reta
parto o céu
e tombo o mar.

Lago é véu e logo vejo
Rio é tábua em pé na lua.
Ou é um Itapemirim
de cabeçeira nua e crua.

Muito é tarde
Dia é água
O mato é meu
meu com sol
com o tempo ao todo.
Combate e pão
são meus também
na arte implícita
do sonho seco
de algum boçal
da praia azeda
firme e grata
ausente e pura.

Sombra é cor
Lado é tinta
Pinta abraço
Chora samba
Fura a merda
com toda sorte
do vasto medo
do sal da corte
do não noturno
por toda parte...

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