14 de mai. de 2009


Poema particular


Bem forte
parto em dois
o resto do
total de custo
que ponho a mão.

Mão mal agradecida,
espalmada,
feita de aço puro,
sem não latente,
só, burra, cega.
Mão mimada,

calejada de esperança.
Mão da noite encharcada.
Mão da tarde assassinada.
Mão boba, desenhista.
Rebelde, sempre que pode,
até onde a vista alcança.

Mão de bicho,
bicho humano.

È uma artista nata.
Pinta n’água todo a ocasião...

Oh mão que jura
em verso e prosa
que o sol maior
é o mundo novo
sozinho em casa.
Mão que para,
e que despista
furtando a noite
dos dias do ano
em cada investida
e descida de palco,
diferente da vida
de saída pro “rock”,
num final dramático
de um sexo quântico.

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