26 de jun. de 2009

CONSELHO E PÓLVORA

No sol, batucar é bom. foi o que me disseram. Sobre as estrelas, restos de pensamento voando em vão a sós num universo tranquilo. Tranquilo até de mais, pro meu gosto pragmático. É um duelo pessoal, aparentemente, a afirmação desse cenário. Duelo de alguém que com muita exposição e rabiscos e comandos e senhas digitados em computadores de certo modo irônicos e perdidos pelo mundo afora nessa ríspida fauna, sublinhou qualquer facilidade escondida e curiosamente cogitada pra suprir a raiva inocente, rústica e fiel a todo mecanismo entregue as artes mais ágeis. Ágeis e franquíssimas - vamos ser sinceros-, ao ponto de perder o controle, simplesmente. Depois, com a lua nova - a velha lua nova - a nossa batucada persuasiva embola tudo de vez numa sádica cadência: chapéus, garrafas, roupas usadas sabonetes, cactos... Diariamente o contraponto se disfarça de sucata, e a única culpa caberá ao universo responder a respeito de seu valor supremo. Ele também dirá se o ritmo se manteve aberto, se a prioridade foi algo comum e distinto, se houve bom-humor, se o bom-humor é divino mesmo, se o amor é propositalmente improvisado na medida em que se prospera, se o amor contamina, se o amor é maior que a luz – ou mais rápido -, se o amor caminha por debaixo das estrelas, se por debaixo das estrelas também se condensam elementos de gente humana, e se todo o nada é pura ausência de energia amplificada, surda e cega. Pra que tanta perfeição casual e imposibilitante? Foi o que perguntaram antes os espertos. Não houve resposta. Só constatações. Rosas, tamborins e ventos são propriedades do infinito também. E cabe tudo em uma linha. Num único ponto. Logo, impossível de entender... Foi o que me disseram, um dia.

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